100 – Pergunta (14/11/2011):
Gostaria de saber o seu ponto de vista e dos espíritos que lhe auxiliam no
plano superior, como Hermes, em relação a falta de religiosidade. Veja bem, o
ser humano pode ter o coração cheio de amor, ser uma pessoa boa e pura de espírito,
mas que não sente necessidade e não crê no Cristianismo. Muita documentação de
mediunidade extracorporal (viagem astral) é feita voltada à religião, como se
tudo girasse em torno de Deus, Jesus Cristo. Não basta ter amor no coração e
fazer o bem? Supomos que existe um Deus que tudo vê. Este Deus não irá me
acolher por eu ser uma pessoa boa mas não acreditar nele? Resumindo: Sou um
cético espiritualista, que tem a mente aberta, coração cheio de amor e 0%
religioso. Não acredito na bíblia. Acredito apenas na energia positiva(amor
universal) e energia negativa(falta de amor). Pelo meu perfil, acredito que
você tenha captado as dúvidas que me perseguem. Como são tratadas essas
questões no plano espiritual (frequências mais altas)?
Roger: Hoje é um dia muito
especial. (Pergunta entrou no site em 11/11/11 as 11:11) Estamos chegando a
centésima pergunta respondida aqui nesse espaço. Um fato a se comemorar! Já
temos um “livro” de informações adicionais à disposição dos leitores no site www.universalismocristico.com.br Divulguem aos seus contatos. Ainda hoje recebo
muitas perguntas que já foram respondidas aqui de leitores que desconhecem
essas informações complementares sobre os nossos livros e o projeto
Universalismo Crístico na Terra. E para um dia especial, escolhi, também, uma
pergunta bem especial, que creio ser de grande valia para o entendimento do
trabalho que estamos realizando e, algumas vezes, é incompreendido devido a sua
natureza independente das religiões.
Sim. Entendo a tua colocação e
acho ela muito interessante e pertinente. O trabalho que estamos desenvolvendo,
o Universalismo Crístico, tem por objetivo principal despertar a consciência
espiritual nas pessoas, libertando-as da alienação, independente de terem ou
não uma crença religiosa. As novas gerações, cada vez mais, se distanciarão do
modelo religioso que conhecemos, de submissão a dogmas e rituais litúrgicos. As
novas gerações não serão “servos de Deus”, e sim seus amados filhos; não se
colocarão de joelhos perante Ele, mas sim sentarão à mesa com o Criador para
trabalhar ao seu lado com o objetivo de promover o progresso de toda a Criação.
No entanto, creio que a filosofia espiritual dos grandes avatares da Terra deve
ser sempre estudada e praticada. As religiões e sua ritualística podem ser
descartadas, mas a mensagem dos grandes mestres é o farol que nos conduz aos
verdadeiros valores espirituais. E creio que o bom filósofo, mesmo que ateu,
agnóstico ou cético, reconhece a grandeza filosófica e espiritual das mensagens
de mestres como Jesus ou Buda.
A falta de religiosidade não é
vista como problema nenhum pela Alta Espiritualidade. As religiões são
organizações humanas, e não espirituais. O que Deus espera de nós é que “amemos
os nossos semelhantes como a nós mesmos e não façamos aos outros aquilo que não
gostaríamos que nos fizessem”, ou seja, exatamente o que tu colocas em tua
pergunta. E o perfil que tu apresentas é o que chamo de “espiritualismo
cientifico”, que busca, através de uma análise racional, identificar, comprovar
e revelar a Espiritualidade no mundo físico. Algo de extremo valor nessas
primeiras décadas do terceiro milênio.
No livro “Universalismo Crístico
– O futuro das religiões”, afirmamos também que até mesmo céticos, ateus e
agnósticos são bem vindos dentro da visão do Universalismo Crístico, desde que
procurem estabelecer relações harmônicas com os seus semelhantes e o planeta.
Em geral, as pessoas muito religiosas sofrem de “miopia espiritual”, suas
mentes estão impregnadas por crenças em demasia, e muitas delas são bem
distorcidas e fanatizadas, causando mais o mal do que o bem ao meio em que
vivem, devido a defesas fervorosas de “verdades absolutas”, pois se consideram
os “donos da verdade”, e, também, por causa de perseguições religiosas por não
aceitarem as crenças alheias. Portanto, vejo com bons olhos os pesquisadores
espirituais que buscam a Espiritualidade sem submeterem-se às religiões;
promovendo o entendimento espiritual de forma sensata e com tolerância.
E esse será o perfil das novas
gerações. Um dia uma mãe me procurou argumentando que seu filho, adolescente,
não tinha Espiritualidade, pois o jovem não gostava quando ela realizava
orações e o convocava para a prática do Evangelho no Lar. Conversando com ele,
percebi que o problema não era a “conversa com os bons espíritos e com Deus”,
mas sim a excessiva formalidade das “orações religiosas”. E o estudo da
mensagem edificante de Jesus também não era o que o incomodava, mas sim a
ritualística de ler o Evangelho ao “pé da letra”, cheio de formalidades e com
uma linguagem antiquada, ao invés de fazer uma conversa descontraída sobre a
mensagem de Jesus e a melhor forma de colocá-la em prática nas situações do
cotidiano moderno.
Percebam, meus amigos, que uma
nova consciência está surgindo com a chegada da geração do terceiro milênio. E
precisamos nos adaptar a ela para melhor auxiliar a busca de Espiritualidade de
nossos filhos e netos. Quem for contra essa tendência, vai perder a “conexão”
com os seus filhos, fazendo-os se desligarem, também, da saudável busca
espiritual. A ausência do aconselhamento paterno pode levar os filhos a caírem
nas mãos das drogas e/ou outros caminhos sombrios. A maior missão que temos para realizar nesse
mundo não é sermos grandes médicos, advogados, professores, etc. Isso é importante
também. Mas a nossa principal missão é educarmos bem os nossos filhos para que
se tornem no futuro grandes homens e grandes mulheres, sedimentando em seus
corações e mentes os verdadeiros valores da alma, independente das religiões e
sua excessiva formalidade.
Religiões são apenas instrumentos
para a compreensão de Deus, não são o próprio Deus. Jamais coloquem as
religiões acima do amor aos seus semelhantes. Amem ao seu próximo, e não às
religiões. Elas estão aqui para servir-nos, e não para sermos seus escravos. O
plano espiritual superior fica mil vezes mais alegre com um ateu em harmonia
com seus irmãos e o planeta, do que um religioso que vive escravizado aos seus
rituais, dogmas e regras de comportamento, mas se esquece de realizar o seu papel
para construir um mundo mais fraterno. No entanto, a prática do bem viver
associada a consciência espiritual permite ao ser humano uma melhor experiência
de aprendizado no campo dos valores espirituais. Aliar a prática dos bons
valores à consciência espiritual é garantia de grandes conquistas espirituais e
de uma verdadeira realização pessoal, encontrando a definitiva felicidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário