terça-feira, 22 de novembro de 2011

Vibrando Amor


O amor ao próximo como a si mesmo buscando cultivar as virtudes cristicas de forma verdadeira e incondicional refletindo diretamente o amor do próprio Criador. “(Hermes)

Este é o primeiro alicerce do Universalismo Crístico e talvez um dos poucos pontos de convergência entre todas as religiões. Aqui não há discordâncias, não há desavenças. Mas como cultivar esse amor ao próximo? Tarefa difícil, dada a nossa imperfeição. Utilizemos, então, algumas das ferramentas que já nos foram oferecidas, enquanto humanidade, para a sua compreensão.

Um ponto importante diz respeito a não fazer aos nossos irmãos o que não gostaríamos que nos fosse feito. Assumir aqui uma posição altruísta, de nos colocarmos no lugar do outro com quem estamos lidando e verificar como nos sentiríamos em determinada situação. Se não gosto de ser tratado(a) de forma grosseira ou ríspida, não posso querer oferecer isso aos meus irmãos. Porém, há que se tomar certo cuidado aqui, para não cair no erro de pensar que o que é importante para mim também o é para meus irmãos. Cada um trilha caminhos distintos, em momentos distintos e isso precisa ser respeitado. Com uma atitude de amor não se impõe ao outro aquilo que se crê ter sido importante para sua vida, mas busca-se avaliar o que será importante para aquela pessoa, naquele momento. É uma questão de respeito à diferença. E aqui retorna-se ao ponto inicial. Se gosto de ser respeitado(a), inclusive em minhas diferenças, devo oferecer respeito. “Com os bons faço o bem. Com os que não são bons faço o bem também. Adquirindo o bem” (Lao Tse, Tao Te Ching)

Em um segundo ponto é possível observar que muitas vezes confundimos amor com paixão ou com apego. É preciso reavaliar isso. O amor não espera nada em troca, é pura doação. É algo sublime, sutil. Dizemos amar quem também nos ama. Muitas vezes isso é apenas apego e se a pessoa nos decepciona de alguma forma, isso cria uma ferida e muitas vezes nos faz alimentar emoções mais pesadas. É dito que o amor e o ódio são muito próximos, mas não são. O ódio se aproxima do apego, ou do desejo, quando a falta se faz presente. Querer alguém próximo, junto a você é apego. Precisamos aprender a amar a todos, indistintamente.


É preciso compreender que amor não é uma emoção, mas um sentimento. E para se sintonizar com esse sentimento é necessário atingir certo grau de vibração. O ódio, a raiva e mesmo o apego são formas de energia densas. Em sintonia com elas sentimos o seu peso e somos muitas vezes assolados pelo medo. Aqui entramos em um complicado ciclo. Criamos uma rede de negatividade. Recebemos daqueles que estão a nossa volta atitudes violentas, de desrespeito, de desamor e acabamos respondendo da mesma forma, recebendo de volta mais ódio. Assim entramos em um ciclo que só terá fim no momento em que tomarmos uma atitude para isso. E que atitude seria essa? Oferecer incondicionalmente o amor e o perdão. “Se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;(...) Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:39/44) Tamanha é a beleza desse ensinamento! Mas não nos iludamos. Grande também é a dificuldade em colocá-lo em prática. Para isso precisamos atingir uma vibração que nos possibilite estar em sintonia com a energia sutil do amor. Mas como faremos isso?

Observemos aqueles que conseguiram ou conseguem estar nessa vibração e sigamos seus exemplos.
Os momentos de oração ou prece são importantes, pois nos possibilitam uma conexão com o Divino através de nossa gratidão ou de nossos anseios. Os momentos de meditação talvez sejam ainda mais importantes, pois permitem nos abrirmos para receber a energia divina, a energia cósmica. Permitem-nos silenciar nossos egos - que facilmente se ferem e criam um padrão de resposta - e entrar em contato com nosso Eu Superior. A partir disso fica mais fácil criarmos atitudes de amor e respeito para com nosso planeta e todos os seres que nele habitam, nossos companheiros de jornada:, irmãos humanos, animais e vegetais. E também para com os nossos irmãos de outras dimensões. Passaremos a enxergar e admirar a beleza do mundo a nossa volta. A delicadeza de uma flor poderá nos levar a um estado meditativo e a vibrar amor!

É um exercício diário. Devemos nos manter vigilantes e não deixarmos nossa vibração diminuir, para não deixar emoções mais pesadas tomarem conta de nosso ser ou, pelo menos, para podermos observar o momento em que escorregamos e com isso poder retornar ao amor. Devemos ter humildade para poder observar nossas falhas, para entender a nossa imperfeição e com isso poder buscar o caminho de nossa evolução. “Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos. Todos os vossos atos sejam feitos com amor.” (1 Coríntios 16.13-14)

Lembremo-nos: amor não é emoção. A emoção é algo inconstante. O amor deve ser um estado de seu ser. Mantendo-se vigilante, cultivando as virtudes crísticas e silenciando o ego é possível manter constante a vibração de amor. E o melhor: ele é contagioso! Cultive o amor em você e o irradie aos seus companheiros de jornada! [UCNF]

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