segunda-feira, 18 de março de 2013

A face do amor oculta sob as atitudes do mal

Atualmente a sociedade se depara com o grande desafio de conviver com a violência. Noticiários geram medo e aflição entre as famílias e mostram que as relações humanas estão cada vez mais perigosas. A promoção das atitudes agressivas do homem pelos meios de comunicação transformou-se em método de coerção, inibindo a aproximação entre os homens devido ao aumento do nível de insegurança e desconfiança com relação às atitudes do próximo. Os atos violentos nos fazem refletir se realmente é possível desenvolver o amor com a humanidade. Será que nós somos verdadeiramente capazes de amar as pessoas que contribuem com a disseminação do mal sobre o planeta? De onde nasceu o mal e porque ele se torna mais presente?
 
O evangelho de Jesus ensina: “Amar os outros como a ti mesmo”. Esse é um dos ensinamentos mais preciosos do nosso Mestre. A sua orientação é totalmente cabível e necessária para compreender e aceitar as atitudes dos nossos irmãos. Acima do bem e do mal há um amor compreensivo, que não enxerga o homem apenas por seus atos ou por seu aspecto físico. O amor de Jesus ensina a olhar além do que é apenas visível aos olhos, nos instrui a desenvolver a sensibilidade espiritual, e desse modo, possamos ter a capacidade de amar a essência do nosso irmão, amar a origem da sua criação e amar-nos com um único ser, unidos a Deus.
Pensamos então: de onde vem à maldade que tanto tememos? Essa maldade que segrega as nações e promove guerras, que destrói famílias e causam feridas; que nos distanciam do propósito de Jesus em desenvolvermos o amor incondicional. Talvez não consigamos compreender a existência do mal porque não estamos preparados para aceitá-lo, e para descobrir os motivos que o leva a existir. Fugimos do mal para não encarar a sua presença! Se partimos do princípio que estamos todos conectados, pois somos filhos da mesma origem, o que justifica pensar que o mal é algo totalmente separado de nós? Se somos a imagem e semelhança de Deus, somos também a imagem e semelhança dos nossos irmãos. Pertencemos ao mesmo fluxo de energia criadora, e após a nossa criação permanecemos emanando essa energia através dos nossos pensamentos e da nossa conduta. Em suma, se estamos habituados a emanar ondas de negatividade, contribuímos com o surgimento das ações negativas em qualquer espaço do planeta.
 
Nenhum ser humano nasce programado para praticar a maldade, assim como nenhuma alma recém-criada pela essência divina, carrega em seu DNA espiritual a tendência para a má índole. A maldade é apenas o desvio do caminho que foi traçado com base nas leis do amor. Quem atua com maldade, na verdade, apenas se desvia de um percurso criado integralmente dentro dos preceitos crísticos. É necessário compreender que a razão maior para a existência do homem é o amor, pois ele é uma virtude enraizada em qualquer ser humano independente das suas atitudes.
O maior gerador da maldade é a dor e vice-versa. Muitos homens escolhem fugir da dor, praticando o mal. Quando percebem que a vida tem lhes trazido sofrimento, eles revidam através da revolta somada ao ódio e a necessidade de vingança. E assim, se desviam do caminho amoroso traçado pelas suas almas para torna-se algozes, provocando dores similares as suas.  Dores que, pelo seu livre arbítrio, se recusaram a compreender.
A sociedade é formada por uma grande rede, e nós somos os pontos de conexão que se ramificam em direção a outros pontos, criando uma grande tela de sintonização energética. Infelizmente a violência também está inserida nessa rede, assim como as pessoas que a promovem. As leis terrenas teoricamente garantem a reclusão de qualquer individuo que demonstre perigo para os outros membros da cadeia social. Contudo, essas leis se responsabilizam apenas por garantir a saída do individuo perigoso da sociedade, com base na justificativa de “cortar o mal pela raiz”, porém não se preocupa em prepará-lo moralmente para voltar a viver nessa grande rede.
Os seres encarnados que habitam a Terra ainda estão dando passos muito lentos em direção à aceitação e compreensão necessárias ao acolhimento dos indivíduos que se desviaram do seu caminho de luz. O julgamento que fazemos com relação às atitudes negativas dos nossos irmãos, impede a oportunidade de amá-los do jeito que são e de reeducá-los dentro dos conceitos crísticos. Deixamos de lado o exercício do perdão para alimentar a cultura da exclusão, que impera na sociedade atual.
Nas esferas espirituais superiores, o acolhimento do mal e sua transmutação para o bem é visto como uma manifestação belíssima de amor ao próximo. A todo instante milhares de grupos de trabalhadores da luz vão em direção as zonas das trevas para buscar os seres envolvidos pelas correntes do mal. Esse trabalho tão laborioso faz iluminar a alma terrena! Cada resgate que é feito no âmbito das sombras, revela mais um coração portador do amor de Deus, que estava escondido no desespero da sua dor, afugentando-se na maldade.
Todo ser humano está dentro de uma linha de evolução voltada sempre para progressão e nunca para a regressão. O processo evolutivo é contínuo na direção horizontal, porém oscila sobre interferências verticais. Nossa trajetória sempre será progressiva, mesmo mediante as quedas e ascensões vividas pelo espirito. Em nossa caminhada experimentamos o caos e também a paz angelical, caímos em abismos e também ascendemos aos céus. Estamos pulando entre a polaridade positiva e negativa do nosso ser, mas sempre com o destino para evolução.
O ponto final (ou de início?) para a longa viagem do nosso espirito está localizado no ambiente espiritual, numa esfera tão sutil que será apenas formada através do encontro do amor divino entre todos os seres. Tornaremos-nos a expressão do amor puro em sua forma energética. Pois o amor é o fundamento que explica a existência de todas as coisas no Universo e representa a energia vital para a alma. O mal é apenas um estado experimental! É a escolha que se faz, para seguir um caminho mais árduo e mais longo até a união do Amor Universal.
Devemos buscar esse amor nas relações construídas na terceira dimensão. O mal esconde em seu íntimo a amorosa chama de Deus. Estamos no período de transição para uma Nova Era! Este é o momento de ajudarmos os nossos irmãos a retirar a máscara do mal e mostrá-los, em essência, no espelho da verdade. Que possamos ter a compreensão da nossa responsabilidade sobre o equilíbrio da paz no planeta. Não adianta apenas apontar a violência e a negatividade que circula entre os homens. Temos que participar de corpo e alma no regate do amor eternizado no coração da humanidade!
Por UCNF

segunda-feira, 4 de março de 2013

Reavalie seu caminho

As religiões cristãs são palco para inúmeras interpretações a respeito do seu livro sagrado: a Bíblia. Fiéis mais ortodoxos defendem a ferro e fogo as interpretações que estão ao seu alcance. Com isso questões secundárias tomam tamanha proporção que chegam a causar diversos conflitos. E dessa forma as pessoas se isolam entre comuns, criando uma zona de conforto e desenvolvendo a convicção de que não há sabedoria em outros locais. Ilusoriamente irmãos passam a ser somente aqueles que frequentam o mesmo templo. E assim nos fechamos. Qualquer coisa que nos tire dessa zona de conforto causa irritação, ansiedade. Nos esquecemos que a família terrena é uma só. Não se restringe a religiosos e/ou pessoas de boa fé. Todos somos irmãos e todos estamos ligados por essa teia que é a vida. Em meio a tantas interpretações e convicções em supostas verdades absolutas, muitos ficam perdidos sem saber no que acreditar, sem saber quem porta a verdade ou pior, crendo cegamente em uma suposta verdade absoluta.
 
Há casos graves, em que pessoas em posições de destaque, formadores de opinião, pregam o desamor e o preconceito, com críticas infundadas. Propagam uma ideia contrária aos ensinamentos sagrados, talvez em uma atitude fanática alimentada pelo medo. Precisamos avaliar a que tipos de atitudes nossas crenças nos levam e reavaliar, constantemente, nossos atos e pensamentos, observando o uso que estamos fazendo dos ensinamentos recebidos.
 
Não basta dizer que aceita Jesus e crer que ele é uma espécie de “propriedade” de um grupo. É necessário permitir ser tocado verdadeiramente pelas suas palavras e reconhecer as próprias limitações, desenvolver o autoconhecimento e utilizar isso para a própria evolução. Desenvolver o amor, apesar de todas as dificuldades. Oferecer a outra face, apesar de todas as dificuldades. Perdoar! Refletir e agir, consciente do caminho que se escolhe!
 
 
Dizemo-lhes que ninguém nesse planeta conhece essa tal verdade por completo, mas é possível e necessário avaliarmos o caminho que estamos percorrendo. Quando a mensagem pregada nos leva a sentimentos de medo, ansiedade e preconceitos de quaisquer tipos, precisamos reavaliar as nossas crenças. Por outro lado, se ao entrar em contato com uma mensagem percebermos aflorar emoções e sentimentos que nos proporcionem um bem-estar interior, como o amor fraterno, a compaixão, a benevolência, a tolerância, podemos ter a certeza de que esse é o caminho certo.
 
Por UCNF