Atualmente a sociedade se depara com o grande desafio de
conviver com a violência. Noticiários geram medo e aflição entre as famílias e
mostram que as relações humanas estão cada vez mais perigosas. A promoção das
atitudes agressivas do homem pelos meios de comunicação transformou-se em
método de coerção, inibindo a aproximação entre os homens devido ao aumento do
nível de insegurança e desconfiança com relação às atitudes do próximo. Os atos
violentos nos fazem refletir se realmente é possível desenvolver o amor com a
humanidade. Será que nós somos verdadeiramente capazes de amar as pessoas que
contribuem com a disseminação do mal sobre o planeta? De onde nasceu o mal e
porque ele se torna mais presente?
O evangelho de Jesus ensina: “Amar os outros como a ti
mesmo”. Esse é um dos ensinamentos mais preciosos do nosso Mestre. A sua
orientação é totalmente cabível e necessária para compreender e aceitar as
atitudes dos nossos irmãos. Acima do bem e do mal há um amor compreensivo, que
não enxerga o homem apenas por seus atos ou por seu aspecto físico. O amor de
Jesus ensina a olhar além do que é apenas visível aos olhos, nos instrui a
desenvolver a sensibilidade espiritual, e desse modo, possamos ter a capacidade
de amar a essência do nosso irmão, amar a origem da sua criação e amar-nos com
um único ser, unidos a Deus.
Pensamos então: de onde vem à maldade que tanto tememos?
Essa maldade que segrega as nações e promove guerras, que destrói famílias e
causam feridas; que nos distanciam do propósito de Jesus em desenvolvermos o
amor incondicional. Talvez não consigamos compreender a existência do mal
porque não estamos preparados para aceitá-lo, e para descobrir os motivos que o
leva a existir. Fugimos do mal para não encarar a sua presença! Se partimos do
princípio que estamos todos conectados, pois somos filhos da mesma origem, o
que justifica pensar que o mal é algo totalmente separado de nós? Se somos a
imagem e semelhança de Deus, somos também a imagem e semelhança dos nossos
irmãos. Pertencemos ao mesmo fluxo de energia criadora, e após a nossa criação
permanecemos emanando essa energia através dos nossos pensamentos e da nossa
conduta. Em suma, se estamos habituados a emanar ondas de negatividade,
contribuímos com o surgimento das ações negativas em qualquer espaço do
planeta.
Nenhum ser humano nasce programado para praticar a maldade,
assim como nenhuma alma recém-criada pela essência divina, carrega em seu DNA
espiritual a tendência para a má índole. A maldade é apenas o desvio do caminho
que foi traçado com base nas leis do amor. Quem atua com maldade, na verdade,
apenas se desvia de um percurso criado integralmente dentro dos preceitos
crísticos. É necessário compreender que a razão maior para a existência do
homem é o amor, pois ele é uma virtude enraizada em qualquer ser humano independente
das suas atitudes.
O maior gerador da maldade é a dor e vice-versa. Muitos
homens escolhem fugir da dor, praticando o mal. Quando percebem que a vida tem
lhes trazido sofrimento, eles revidam através da revolta somada ao ódio e a
necessidade de vingança. E assim, se desviam do caminho amoroso traçado pelas
suas almas para torna-se algozes, provocando dores similares as suas. Dores que, pelo seu livre arbítrio, se recusaram
a compreender.
A sociedade é formada por uma grande rede, e nós somos os
pontos de conexão que se ramificam em direção a outros pontos, criando uma
grande tela de sintonização energética. Infelizmente a violência também está
inserida nessa rede, assim como as pessoas que a promovem. As leis terrenas
teoricamente garantem a reclusão de qualquer individuo que demonstre perigo
para os outros membros da cadeia social. Contudo, essas leis se responsabilizam
apenas por garantir a saída do individuo perigoso da sociedade, com base na
justificativa de “cortar o mal pela raiz”, porém não se preocupa em prepará-lo
moralmente para voltar a viver nessa grande rede.
Os seres encarnados que habitam a Terra ainda estão dando
passos muito lentos em direção à aceitação e compreensão necessárias ao
acolhimento dos indivíduos que se desviaram do seu caminho de luz. O julgamento
que fazemos com relação às atitudes negativas dos nossos irmãos, impede a
oportunidade de amá-los do jeito que são e de reeducá-los dentro dos conceitos
crísticos. Deixamos de lado o exercício do perdão para alimentar a cultura da
exclusão, que impera na sociedade atual.
Nas esferas espirituais superiores, o acolhimento do mal e
sua transmutação para o bem é visto como uma manifestação belíssima de amor ao
próximo. A todo instante milhares de grupos de trabalhadores da luz vão em
direção as zonas das trevas para buscar os seres envolvidos pelas correntes do
mal. Esse trabalho tão laborioso faz iluminar a alma terrena! Cada resgate que
é feito no âmbito das sombras, revela mais um coração portador do amor de Deus,
que estava escondido no desespero da sua dor, afugentando-se na maldade.
Todo ser humano está dentro de uma linha de evolução voltada
sempre para progressão e nunca para a regressão. O processo evolutivo é
contínuo na direção horizontal, porém oscila sobre interferências verticais.
Nossa trajetória sempre será progressiva, mesmo mediante as quedas e ascensões
vividas pelo espirito. Em nossa caminhada experimentamos o caos e também a paz
angelical, caímos em abismos e também ascendemos aos céus. Estamos pulando
entre a polaridade positiva e negativa do nosso ser, mas sempre com o destino
para evolução.
O ponto final (ou de início?) para a longa viagem do nosso
espirito está localizado no ambiente espiritual, numa esfera tão sutil que será
apenas formada através do encontro do amor divino entre todos os seres.
Tornaremos-nos a expressão do amor puro em sua forma energética. Pois o amor é
o fundamento que explica a existência de todas as coisas no Universo e
representa a energia vital para a alma. O mal é apenas um estado experimental!
É a escolha que se faz, para seguir um caminho mais árduo e mais longo até a
união do Amor Universal.
Devemos buscar esse amor nas relações construídas na terceira
dimensão. O mal esconde em seu íntimo a amorosa chama de Deus. Estamos no
período de transição para uma Nova Era! Este é o momento de ajudarmos os nossos
irmãos a retirar a máscara do mal e mostrá-los, em essência, no espelho da
verdade. Que possamos ter a compreensão da nossa responsabilidade sobre o
equilíbrio da paz no planeta. Não adianta apenas apontar a violência e a
negatividade que circula entre os homens. Temos que participar de corpo e alma
no regate do amor eternizado no coração da humanidade!
Por UCNF
Claro e verdadeiro. Minha gratidão pela luz!
ResponderExcluir