Vivenciamos momentos de intensas
mudanças interiores que nos levam a questionar o propósito da nossa existência.
O nosso espírito, conectado com todas as centelhas divinas, recebe, a cada dia,
a energia magnífica de amor vinda do corpo áurico planetário. Gaia, nossa mãe
que rege a vida terrena, renasce constantemente das forças que nós mesmos
produzimos. Somos a força que motiva a existência da vida, somos as diferentes
faces de Deus. Somos responsáveis por tudo que vemos, sentimos e tocamos. Nós
somos a própria vida.
Enfrentamos entorpecentes dores
nesse mundo, nos iludimos com a crença de que somos artificialmente merecedores
de um lugar melhor para viver; desejamos fugir das árduas responsabilidades que
nos são dadas, choramos, nos lamentamos, nos entristecemos com a falta daqueles
que amamos, brigamos com nós mesmos. E, no fim, quando sentimos latejar a dor
intensa, gerada pelas nossas ações, em nossos corações, percebemos que
precisamos de um amparo maior para seguir por outro caminho, além daquele que
escolhemos somente com os olhos da razão. E assim nasce em nós a fé, um
sentimento difícil de ser explicado, mas que surge das profundezas do nosso ser
e nos mobiliza a pedir a ajuda de Deus, para nos tirar do abismo que nós mesmos
nos jogamos.
Sentimos a fé como uma semente
que brota em nós, sem dizer a sua origem e que, ao crescer, se espalha através
de uma energia suave que faz vibrar cada célula do nosso corpo, nos tornando
estáticos por alguns segundos, e fazendo-nos olhar para o nosso redor e
refletir sobre o que vivenciamos.
Descobrimos o verdadeiro poder da nossa fé quando decidimos lutar, sem
que haja a certeza racional da vitória. Essa mesma fé percorre os corredores
dos hospitais e das casas de saúde, e está no brilho do olhar de cada enfermo,
que reivindica o direito de viver, entregando seu corpo aos saberes do plano
físico e repousando a sua alma na acolhedora esperança em dias melhores.
A fé, como um vínculo imediato
que temos com Deus, deve ser exercida na sua forma mais pura, livre dos anseios
por respostas imediatas ou por soluções que visam os nossos interesses
pessoais. A magnitude da fé está no simples ato de senti-la. Ela, por si só, já
é o passo inicial na busca pela nossa cura física, moral e espiritual. Acreditem
irmãos e irmãs, se há fé em seu coração, é porque você já está entregue ao
amparo divino, então, faça também a sua parte: renove-se no amor, deixe-se ser
inspirado pela sabedoria do seu Eu superior, tranquilize-se na meditação e na
oração. Pratique o autoamor e desenvolva dentro de você a paz que tanto deseja.
Sejamos íntegros com as virtudes
crísticas que possuímos. Aceitando os
obstáculos que nos são colocados, tendo fé na nossa capacidade de transmutá-los
em ações que nos fazem amadurecer. Usemos a fé como ponto de partida para a
nossa mudança interior, ungindo-se desta força que nos motiva a viver e que
representa a essência de Deus, presente em nossas vidas!
Por UCNF (publicado originalmente no Jornal Cruzeiro: http://ceuesperanca.com.br/2012/12/19/jornal-cruzeiro-edicao-de-dezembro/)
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