Na busca por uma identidade universalista, nos
deparamos com diversos conceitos sobre a imortalidade do ser humano, ensinada
por diversas bases teóricas que visam desvendar a misteriosa ligação entre o
homem e Deus.
Através de estudos incessantes, as religiões
propagam entre os seus fieis, conceitos sobre o que há além da vida e
explicações sobre o papel de Deus no Universo, baseando-se nas ferramentas que
possuem como a Bíblia, o Alcorão entre outras escrituras históricas,
consideradas sagradas, que explicam a existência da vida humana além do corpo
material. Nesse caso, as religiões tornam-se verdadeiras bússolas que conduzem
ao entendimento espiritual, orientando o ser humano dentro dos seus limites de
abrangência
A procura por definições que caracterizam o lado
espiritual, além de sustentadas por essas bases religiosas, passaram a ser,
recentemente, uma constante pesquisa dentro do meio cientifico, que usa os
conhecimentos acadêmicos da Teologia, Psicologia, Física entre outros, para
absorver da realidade concreta as explicações sobre a perpetuidade intangível e
invisível da vida humana.
Deste modo, a ciência usa a visão racional para
formular respostas que expliquem de modo coerente e provável as crescentes
indagações não respondidas nos rituais religiosos, a fim de tentar
desmistificar as crenças religiosas. Embora os estudos minuciosamente racionais
sejam comuns aos parâmetros científicos, eles não se tornam uma regra. Aos
poucos, alguns profissionais da ciência rendem-se ao estudo sobre o lado transcendental
da vida humana e sobre o poder intuitivo do homem.
O despertar acerca de uma visão mais aberta a
novos conceitos surge, por exemplo, nas pesquisas elaboradas por físicos
quânticos, ao apresentar a teoria da ação e reação provocada pelos pensamentos
humanos. Neste contexto, a física quântica
analisa a força da mente e a capacidade que esta possui de atrair pessoas e
situações através da vibração dos pensamentos que emite. Tal fato é um pequeno
passo para a compreensão do que existe além do ser material.
Além desses dois grupos - religiosos e cientistas
- é notável o aparecimento de um terceiro: os espiritualistas. Estes
normalmente aparecem desassociados de qualquer religião ou de conceitos
científicos. Buscam compreender a sua ligação com o divino abrindo-se aos
assuntos místicos e colocando-se na posição de agentes promotores da paz e do
equilíbrio. Os verdadeiros espiritualistas ultrapassam os rótulos religiosos e
buscam dentro de si o real sentido da vida, se amparando em bases filosóficas
para fundamentar a relação entre a alma e o corpo e a conexão desses dois
elementos com as demais estruturas do planeta e do Universo.
E aí nos perguntamos: em que acreditar? Como
desenvolver uma posição universalista equilibrada diante de tantos conceitos
sustentados por ideologias tão diversas? E como nos portar diante de tantas
informações?
O primeiro passo é tentar se harmonizar dentro
dessa pluralidade de teorias existenciais permitindo-se compreender que cada
religião, bem como cada pesquisa cientifica atua nos limites do seu estado de
consciência, ou seja, nos limites da sua capacidade de entendimento,
desenvolvido dentro de suas crenças e campos de estudo.
A espiritualidade, a religião e a ciência, quando
trabalhadas em sistema de intercessão, se transformam em ferramentas essenciais
para lapidar a formação de um estado de “unidade crística”. No mais, o homem
somente desvendará o mistério sobre o que há após a vida, quando obter o
esclarecimento através dos próprios instrumentos que utiliza, aprofundando-se
em seus estudos e os conectando a conceitos diversos. E assim descobrirá novas
utilidades para esses instrumentos; momento em que atingirá a clareza
espiritual. Aos poucos, o ser humano perceberá, através das “entrelinhas”, que
estamos seguindo para o mesmo objetivo: a criação de um universo holístico,
pleno dos diversos saberes.
À medida que o ser humano se aprofundar em seus
estudos transcendentais, deverá desenvolver o uso de novas fontes de
conhecimento, para que não se estagne na jornada rumo à descoberta dos
mistérios que rodeiam a origem do Universo. Para isso, deve-se ter em mente que
Deus é O ser universal. Ele é o fruto da união entre todas as coisas na Terra e
em toda a Criação. E para descobri-Lo em sua essência é necessária à integração
das diversas teorias: religiosas, cientificas e espiritualistas.
Deus nos orienta à união entre os saberes, e esta
união já está em
andamento. Porque Deus está presente em tudo e em todos. É a
essência cósmica e infinita da vida que nos aproxima cada vez mais. Observe os
avanços da ciência e as suas descobertas incríveis que vem ajudando, e muito, a
amenizar as dores físicas dos homens e a facilitar ao máximo as suas vidas. Por
que Deus não estaria entre os sábios profissionais dessa ciência tão eficiente?
Por que Deus não estaria na grande massa
religiosa? Nos cultos, nas missas, nos rituais sagrados? De fato, muitas
religiões carecerem de espiritualidade, por estarem ainda muito enraizadas ao
rito formado pelo seu senso ideológico. Contudo são elas as grandes
consoladoras do sofrimento humano, divulgando aos homens palavras de conforto e
os fazendo refletir sobre um propósito maior, além da vida. Então, por que Deus
não estaria com eles assim como está presente nos crescentes grupos
espiritualistas, que assumem uma postura humilde, ao considerar que o outro é
parte de si mesmo?
Entendam queridos irmãos e irmãs, que o Universo
é fruto da soma das diferenças, e estas se completam de forma interdependente.
Por isso, na busca por nossa identidade universalista, devemos integrar essas
diferenças, conhecê-las e experimentá-las, para que estejamos aptos a dizer que
somos realmente seres universais, porque aceitamos o fato de que o conhecimento
crístico não concerne apenas a nós, mas também a outros grupos que caminham ou
um dia caminharão para o mesmo destino: A fonte da nossa origem!
Por UCNF
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