"Todos nós somos agraciados hoje pela
oportunidade da reencarnação e estamos aqui por diferentes causas e por algumas
necessidades que somente o nosso espírito em sintonia com o Mestre Criador pode
explicar. Mas estamos aqui, com certeza, para deixar de focar nossos princípios
e objetivos apenas em nós mesmos, passando a direcionar as nossas energias para
o próximo, recebendo e doando amor a todos aqueles que nos cercam. E, dentro
deste contexto, é que está um dos pilares que sustentam o propósito da
encarnação: o quanto somos capazes de doar energias salutares a todos que estão
a nossa volta, e o quanto “o todo” contribui energeticamente para a nossa
formação espiritual.
A energia divina está contida em todos os
elementos que compõem a terceira dimensão. Ela está presente em diferentes
espaços, mesmo aqueles que consideramos rudimentares e fora dos padrões que
julgamos belos. Tal energia, formada pela essência mais pura chamada AMOR,
renova a vida na Terra, envolvendo toda a criação divina no planeta, como a
natureza, os animais, o ar que respiramos, e o próprio homem, a criação mais
perfeita de Deus.
Tudo está espiritualmente ligado à energia
sublime do amor, desde a célula do corpo humano até as maiores estrelas da
galáxia. Todos possuem a centelha divina de Deus, num planejamento perfeito que
se renova a cada período de transição planetária e, num âmbito maior, a cada
ciclo de evolução cósmica.
Todos nós, independentemente dos nossos propósitos
pessoais, estamos na Terra para alimentar esse ciclo de amor e união. Como
irmãos vindos da mesma origem, é nosso papel sintonizar as nossas energias com
a aura de amor que envolve a Terra, assim como preservar todos os recursos
naturais existentes no planeta.
É dentro desse conceito que surgem as
seguintes indagações: será que realmente nos dedicamos sinceramente a entrar
nesse ciclo de energia sublime em prol do bem comum? Será que somos capazes de
deixar os nossos próprios interesses para compreender a necessidade evolutiva
da Terra? Sentimos realmente o quanto o planeta necessita da nossa presença
espiritual?
São algumas questões que nos levam a
refletir o porquê de estarmos tão distantes de todas as criações de Deus e o
porquê de não elevarmos os nossos pensamentos para o bem comum, para o beneficio
da evolução coletiva.
O desdém que temos com o nosso próprio
planeta é fruto do nosso ego, que direciona todos os objetivos de vida para os nossos
interesses pessoais, fazendo-nos esquecer a nossa função de seres responsáveis pela
evolução da humanidade. O ego nos inspira a criações mentais negativas e nos
mantem dentro de um círculo vicioso, que induz ao desejo de querer sempre o que
nos traga satisfação material, sem nos importarmos se os nossos desejos trarão
ou não beneficio ao todo.
Esse egocentrismo leva-nos a criar um mundo
próprio, desconectado da energia divina que permeia o Universo, e desse modo temos
a impressão de que não fazemos parte do mundo que nos cerca. Isso ocorre porque na maior parte do tempo
estamos preocupados com as questões que nos afligem diretamente, principalmente
aquelas que ocorrem nos nossos lares. De fato, é fundamental resolvermos as
situações do nosso cotidiano; contudo essas situações são apenas um ponto de
partida para a nossa evolução, pois o nosso desenvolvimento espiritual perante
o planeta e o universo transcende aquilo que consideramos ser a única responsabilidade
na vida terrena: nossa casa, nosso trabalho e nosso convívio social.
Deus nos concede mais uma vida para sermos
fonte energética de amor; tornando-nos seres capazes de transmitir ondas
positivas para todos os corações que estão vivenciando, nesse momento, a
oportunidade magnífica da encarnação. Somos pequenos pontos de luz sobre a
Terra e juntos representamos uma luz maior que motiva a criação da vida e a continuidade
de todas as coisas.
Por isso vamos direcionar a nossa mente e
os nossos propósitos para o bem-comum, na intenção de manter pensamentos em
equilíbrio e em sintonia positiva com todos ao nosso redor, sendo a luz que
clareia o outro, inspirando-o também a clarear os próprios pensamentos e expandindo
essa luz aos poucos para todo o Universo. Vamos deixar em segundo plano tudo
que nos mantém presos a nossa satisfação egocêntrica, compreendendo que nada será
capaz de nos satisfazer se não houver o encontro com a verdadeira paz interior,
que surge através da nossa reforma moral em conexão com a realidade espiritual
universal, tendo sempre em mente que somos seres únicos, pequenos em tamanho,
mas grandes representantes da energia sublime de Deus."
Por UCNF (publicado originalmente no Jornal Cruzeiro:
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