segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Transmutando o medo


"Meus queridos:

Na realidade da vida que vocês estão inseridos no momento, o medo é sem dúvida o principal obstáculo a ser superado no caminho do reencontro à luz de Deus. Durante todo o tempo em que vocês estiveram afastados da vereda do bem, suas consciências desacostumaram-se com a percepção contínua de Deus através do contato com os seus irmãos de outros planos, com os quais vocês sempre puderam se comunicar intuitivamente. Com essa desconexão, foi criado um vazio artificial em suas mentes que fez com que perdessem esse porto seguro da confiança plena na companhia divina. Essa situação os fez criar dentro de si mesmos a ilusão da separação de suas almas da alma de Deus. Isso os levou para o caminho das trevas e somente agora, com muito custo e sofrimento, vocês empreendem outro caminho, o de retorno à sua essência humana/divina.


Mas, como em todo momento de transição, há aspectos de ambos os lados atuando concomitantemente dentro de seus corações. Ao mesmo tempo em que fragmentos de amor puro e incondicional começam a brotar em vocês, ainda há muitos resquícios de elementos da escuridão presentes em seu interior. Essas sombras que lhes atormentam e dificultam o seu caminhar na estrada da luz são desafios que devem enfrentar para fortalecerem-se cada vez mais no percurso empreendido. Contudo, para terem forças suficientes para obter êxito nesse sentido, a disciplina interior é elemento chave para oferecer uma base sólida para o sucesso definitivo. Um dos aspectos dessa disciplina interior é buscar constantemente meios de transmutar o medo que surge em seus corações em fé em Deus de que nada na Criação acontece sem seu consentimento e que em todo o tempo há um representante Seu guiando e amparando os passos de cada centelha divina de vida.

O sentimento de culpa, que vem como uma das conseqüências do medo, aparece quando o desconhecimento das leis divinas, perfeitas, fraternas e imutáveis, abre brechas para que o ser construa mentalmente a crença de que está desamparado e ameaçado em sua jornada devido à uma suposta “justiça divina” que atuaria de forma implacável devido aos erros cometidos no passado e que pesam em sua consciência. E, como fruto desse complexo de culpa gerado pelo desequilíbrio interior, surgem as toxinas nos corpos sutis que, se não tratadas a tempo por processos de autocura, manifestam-se através das doenças no corpo material, que trazem a dor e o sofrimento para esse plano dimensional, gerando, por sua vez, cada vez mais desconfiança e descrença no planejamento divino para sua existência, que sempre atua com o objetivo de ensinar e jamais punir.

Dentre esses processos autocurativos, o autoperdão é o mais importante deles e é o que permeia todos os outros. Quando a consciência se torna incapaz de absolver os próprios atos praticados sob o véu da imaturidade moral e espiritual na qual se encontra, ela acaba criando uma armadilha para si, cercando e aprisionando o seu campo mental e bloqueando a conexão interna entre o Eu Superior e as suas emoções, escurecendo-as. Com esse caos existencial instalado, a consciência perde a habilidade de se expandir, pois fica impossibilitada de captar e absorver as lições derivadas das experiências que vivencia ininterruptamente em seu cotidiano.

Portanto, para que possam sair desse círculo vicioso no qual enredaram-se, faz-se urgentemente necessário que dediquem o máximo possível de seu tempo na busca do autoconhecimento e na seara do bem. E disciplinando seus pensamentos e emoções através da meditação, da oração e da conversa íntima com Deus e com seus guias pessoais, terão forças suficientes para, pelo imprescindível hábito do autoperdão, libertarem-se do jugo das sombras e, por conseguinte, fortalecerem-se no caminho da luz que agora trilham de forma majestosa em suas abençoadas vidas.

Fiquem com Deus meus amados filhos!"

Síntian

Canalizado na Casa de Assistência Mãos de Luz em 22.01.2012 às 13h

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