Pergunta: Grande Amigo Roger, estou com
uma grande dificuldade em "iniciar" outras pessoas no Universalismo
Crístico. Penso que para pessoas que não têm um entendimento espiritual básico,
ou seja, não conhecem conceitos básicos "espíritas", se torna muito
difícil aceitar o Universalismo e seus três pilares básicos. O próprio livro
remete a esses conhecimentos quando trata do cordão prateado, reencarnação,
perispírito, outras dimensões, padrões vibracionais, carmas, vidas passadas, magos
negros... Para pessoas que "não conhecem" fica difícil assimilar e,
principalmente, aceitar o UC. Essa é minha grande dúvida; como iniciá-los? Devo
recomendar primeiro obras básicas espíritas?
Roger Bottini Paranhos: Queridos
amigos, para atingirmos uma universalização na busca de Deus e dos valores
espirituais, tão necessários para resgatar os bons valores em nossa sociedade,
é necessário nos afastarmos das crenças religiosas específicas. Ou seja, para
os leigos, é necessário mudarmos a abordagem. Temos que falar menos de
"crenças" e mais de “fatos e filosofias palpáveis” do cotidiano. Por
exemplo, falar de carma, reencarnação e magos negros pode parecer ficção para
quem vive com a mente limitada aos conceitos da vida física. Eles acreditam
apenas em um “Deus formal”, sem introspecção nenhuma. No entanto, o amor ao
próximo é uma verdade universal e incontestável para a harmonia e o bem viver.
Instigar a consciência espiritual, a partir do cultivo dos bons valores, é o
caminho para “iniciar” as pessoas que se encontram completamente alienadas de
sua caminhada evolutiva. No novo livro
que estamos trabalhando, “Universalismo Crístico Avançado”, estamos dando maior
enfoque ao primeiro alicerce do U.C.: o amor como Sol central, elemento fundamental
para todas as demais virtudes da alma.
Temas como carma, reencarnação, ação dos magos negros,
outras dimensões, etc... é um mundo completamente estranho para os leigos. No
entanto, as suas vidas, como as de todos nós, necessitam urgentemente de um
“novo pensar” no campo dos “valores espirituais”, que poderíamos chamar até
mesmo de “valores humanos”, pois é um termo mais comum a eles. Nossas famílias, jovens em geral, sociedades,
empresas, precisam absorver uma verdadeira e sensata filosofia espiritual,
livre de crenças religiosas. Com o enfraquecimento gradual das religiões, a
humanidade em geral está perdendo os seus valores mais básicos. E o papel
exercido pelas religiões precisa ser rapidamente preenchido por uma compreensão
espiritual moderna e livre de dogmas religiosos que venham a engessá-la de
acordo com “crenças específicas” desse ou daquele grupo. Caso isso não ocorra,
nas próximas décadas teremos uma grave deterioração de nossa civilização,
tornando-a fria e insensível. O homem pensará somente em seu próprio interesse,
fomentando guerras e uma desumanização de nossa espécie.
Tenho feito palestras dentro de empresas, com enfoque em
treinamento, no qual sou convidado a falar sobre o tema “Espiritualidade”.
Vejam como o mundo está mudando. Isso é muito positivo! Quando uma grande
empresa se preocuparia em treinar seus funcionários sobre esse tema? No
ambiente empresarial existem pessoas de todas as crenças religiosas e ateus
também. Essa experiência está sendo interessante para eu moldar uma
apresentação que atenda a um público verdadeiramente universal, enfocando em
temas como o amor, respeito, amizade, tolerância, compreensão, “ação e reação”
e todas as demais virtudes e filosofias que nos levam à evolução espiritual.
Para falarmos das coisas de Deus, não precisamos citá-Lo. É algo inerente ao
homem compreender que amor e Deus, são exatamente a mesma coisa.
E permeando essa mensagem de valores espirituais, devemos,
também, enfocar a divulgação da busca do desenvolvimento da consciência
espiritual nessas pessoas. Quem somos, de onde viemos, para onde vamos? Qual a
finalidade da vida? Somos apenas animais instintivos como os nossos irmãos
menores, ou somos seres conscientes que possuem uma alma que transcende a vida
física? O que são as experiências paranormais? Como explicar os fenômenos
realizados por grandes mestres como Jesus? Que força movia Chico Xavier a
psicografar duas cartas ao mesmo tempo, com ambas as mãos, sobre temas
diferentes, em línguas diferentes e algumas escritas de “trás para adiante”?
Com o passar do tempo, os recém iniciados naturalmente
desejarão se aprofundar mais nessa busca. E aí naturalmente caminharão em
direção às crenças específicas para compreender as Verdades Eternas, como
reencarnação, carma, etc. Vou contar-lhes um segredo: mais vale fazermos perguntas
reflexivas às pessoas do que tentar doutriná-las com as nossas crenças...
Toda semana Roger Bottini Paranhos responde às perguntas mais frequentes de
seus leitores relacionadas aos seus livros e ao projeto Universalismo Crístico
na Terra na coluna "Roger Responde". Acesse www.universalismocristico.com.br
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