quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Princípios de um pensamento universalista


Qual a religião conhece a verdade a respeito de Deus? E quantos seres que passaram por este planeta puderam realmente conhecê-Lo?

À primeira pergunta a resposta é todas e nenhuma – elas conhecem apenas fragmentos dessa verdade. À segunda, tão poucos que é possível contá-los nos dedos das mãos. Mas com certeza todos podem citar ao menos um desses seres. Os conhecemos porque seus ensinamentos puderam se perpetuar pela História e foi o que deu base para os homens criarem as diversas religiões.

Mas se aqueles seres puderam conhecer a Deus, como podemos dizer que nenhuma religião conhece a Verdade Absoluta relativa a Ele?


Primeiro precisamos nos dar conta de que, nesse plano de existência atual, somos muito limitados. Ainda não nos é possível compreender muitas coisas. No passado, nosso nível de compreensão era ainda menor. Cientes disso, aqueles seres que estiveram aqui entre nós tiveram a sabedoria de adequar os ensinamentos à nossa capacidade para entendê-los. Com isso, pudemos dar passos no Caminho da Vida.

As palavras de Moisés demonstravam certa dureza, mas somente desta forma era possível alguma compreensão à maioria dos homens daquela época. Jesus trouxe seus ensinamentos por meio de parábolas. Muitos as entenderam de forma literal, outros muitos as entenderam de acordo com o aspecto material, mas apenas alguns puderam entender o ensinamento de amor. Desta forma a mensagem se perpetua milenarmente e a cada oportunidade de entendimento e de nova compreensão mais um passo é dado.  E isto se repete em outras tradições religiosas: os mestres moldaram sabiamente suas palavras de acordo com o que nos era possível perceber e dando margem para aqueles que pudessem ir além das palavras seguissem mais adiante neste caminho.

Hoje é possível perceber que toda tradição religiosa traz importantes ensinamentos. Se assumirmos uma postura sectarista, acreditando que toda a verdade está em somente uma, estaremos ignorando todos os outros ensinamentos que, de outras formas, foram permitidos chegar até nós. Assim daremos apenas um pequeno passo. E ainda que déssemos alguns passos, continuaríamos distantes. Mas estamos no começo de uma longa e grande jornada.

Que possamos trilhar nosso caminho e respeitar nossos irmãos que trilham esta mesma estrada começando por outros pontos. Cada um absorve o que lhe é possível e não cabe a nenhum de nós tecer julgamentos. Cada um sabe por onde deve seguir. A melhor religião é, para cada um, a que lhe possibilita estar mais próximo de Deus.

Virá o dia em que haverá amor, respeito e união sobre a Terra, entre todos os povos.

Que assim seja!

UCNF

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